quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Góticos

Os góticos é um movimento cultural contemporâneo, que deu ínicios nas décadas de 1970 e 1980,derivado tambem do gênero ''pós-punk''.Essa cultura em si, abrange um estilo de vida diferente,estando associados,principalmente, gostos musicais dos anos 80 até o presente (darkwave/gothic rock, ebm, industrial, etc.), estética (visual, "moda", vestuário, etc) com maquiagem e penteados alternativos (cabelos coloridos, desfiados, desarrumados) e uma certa "bagagem" filosófica e literária. Dentro da sub-cultura gótica, há o que pode-se denominar como "esteriótipos visuais" das mais variadas referências adaptadas de cada indivíduo para si, são mesclagens criativas que abrangem desde Vitoriano, Edwardiano, Romantic Goth, Dandy, Steampunk, Dark cabaret, Fetish (estética BDSM), Cybergoth, Perky Goth, Pin-up,"Deathrocker", Medieval, Trad goth (ou góticos tradicionais oitentistas), alguns inspirados em filmes como os de Tim Burton, expressionismo alemão, ou clássicos da Hammer, entre outros meios de inspirações, que denunciam seus gostos particulares. Alguns aderem certos visuais propositalmente para "chocar", criticar algum alvo conceitual na sociedade, outros, como uma espécie de "cosplay", e outros ainda, por identidade pessoal que levam às suas vidas cotidianas de forma adaptável, ou, no uso de seu devido bom-senso deixando "extravagâncias" mais ousadas em ocasiões que julguem especiais.



A cor preta, como representação estética, geralmente é acompanhada de uma, ou mais cores adicionadas de forma peculiar para compor os visuais dentro dos esteriótipos variantes do Gótico, ou seja, não sendo esta predominante, embora ainda sim, presente. Como simbolismo, a semântica pode variar de indivíduo para indivíduo, ou estar praticamente ausente, permanecendo como apenas questão de estética.

Poema: Fim do verão

''No nevoeiro da manhã pela lua minguante
Através das matas, ela se levantou
Com uma espada sagrada, cortou os frutos
Cavou a raiz da medonha mandrágora

Trilhe meu caminho até o fim do verão
Este legado eu deixo a você, diz ela
Você verá que pode a sempre-viva
Tornar-se cobre e murchar até ficar cinza

Próximo às colunas de pedras
Olhos de atropina sorriram para mim
Sentado numa lenta vertigem
As areias do tempo formam um outro sonho
Não há amor sem sacrifício
Nada nasce sem decadência
O beijo final é de algum verme
Na carícia fria do solo para descansar
Nós nos deitaremos.''

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